
O conceito de “startup de garagem” vem da cultura do Vale do Silício. É uma referência ao fato de que algumas das empresas de tecnologia mais bem-sucedidas e icônicas do mundo (Microsoft, Apple, Google, Amazon, etc) tiveram sua primeira sede em garagens.
De qualquer forma, o mito da startup de garagem é uma parte duradoura da cultura empreendedora. Eles representam um espaço barato onde alguns fundadores motivados podem se reunir para construir algo para mudar o mundo. No entanto, as fraquezas do paradigma das startups de garagem estão se tornando difíceis de ignorar.
Nas garagens, os founders se espremiam nas partes mais sujas de suas casas (ou de seus pais) e passavam meses (ou anos) desenvolvendo um produto. Uma vez que o produto estava pronto, eles colocaram um enorme esforço em marketing e vendas. Um modelo clássico de “empresa orientada ao produto”.
Temos uma grande fraqueza da orientação ao produto: E se não vender? E se ninguém quiser? Então a empresa toda falha, assim como todo o tempo e esforço colocado no empreendimento. Ou aja “Design Thinking” e “Desenvolvimento Ágil” para reorganizar produtos de acordo com o cliente (mercado). Talvez seja hora de mudarmos a forma como construímos empresas.
Observando um pouco as mídias sociais (sim, inclusive o TikTok!), percebemos que seus influenciadores (escolha depois seu/sua Youtuber favorito/a e ilustre seus próprios exemplos) tem uma orientação muito maior ao “público” (mercado?) do que a maioria das Startups em seu early stage.
Nesse modelo “mídia social”, os empreendedores estão focados em construir audiências em torno de interesses compartilhados. Uma vez que esses públicos existam, os empreendedores podem direcioná-los para um número infinito de produtos diferentes.
Ao construir um público (mercado?), mesmo se o produto falhar, o público ainda existe (não era o caso quando falamos de algo “product oriented”). E tendo um público, você pode experimentar outras formas de atende-lo, direcionar outro produto, até encontrar produtos que seu público esteja disposto a comprar.
Embora o empreendedorismo baseado em atenção já exista há muito tempo, graças às mídias sociais e à Internet, ele se tornou significativamente mais acessível. Qualquer pessoa com um laptop ou telefone celular pode alcançar grandes audiências. Será que estou fazendo isso literalmente agora com esse artigo?
Isso significa que você também pode estar fazendo isso. Certamente não é fácil, mas também não é impossível. Mais importante, cultivar um público e monetizá-lo é uma abordagem muito mais segura para startups do que construir um produto e tentar vendê-lo. Os produtos custam muito tempo e dinheiro e, se você não pode vendê-los, tudo o que você gastou foi desperdiçado.
Bora tentar uma nova abordagem empreendedora?